quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Vamos começar a trabalhar o tema do Blog

Amados irmãos, quando crie este blog tinha por objetivo discutir e apresentar temas relacionados à biologia e a teologia. Fiz alguns testes. Publiquei alguns artigos. E hoje resolvi escrever algo realmente relacionado ao tema do blog, ou seja, Biologia e Teologia em Compatibilidade. É possível haver compatibilidade entre estas duas ciências? Sim, é possível. Porém é necessário deixar bem claro alguns pontos:

1-     A Bíblia não é um artigo cientifico, nem tampouco um livro cientifico. Não quero dizer que por esta razão não devamos dar credito ao conteúdo bíblico. Apenas quero deixar bem claro que nenhum dos escritores bíblicos tinha a intenção de escrever um compendio cientifico.
2-     A Bíblia não é um livro de história universal. A Bíblia trata da historia de um povo. Muitos livros na Bíblia não tinham uma preocupação extrema com a historia. Alguns dos autores não estavam preocupados em escrever um livro de historia. Isso, no entanto não descredencia a Bíblia como livro histórico, pois muitos autores se preocuparam em deixar claro se não o ano exato em que o fato aconteceu, mas pelo menos em que reinado, ou seja, o rei que governava, no ano em que o fato aconteceu. Um exemplo disso é quando o profeta Isaias tem uma visão no capitulo 6 e ele deixa claro que tal fato aconteceu no ano da morte do rei Uzias.
3-     A Bíblia foi escrita ao longo de centenas de anos por autores diferentes e em épocas diferentes e com certeza culturas diferentes e problemas políticos e sociais diferentes. As historias contidas no livro do Gênesis por exemplo, foram contadas por muitos e muitos anos até ser finalmente reunidas em uma ordem cronológica e em um só livro.

Mas a onde eu quero chegar com tudo isso? É simples irmãos ao analisar a Bíblia devemos ter em mente tudo isso que citamos agora. Nas minhas próximas postagens espero que se lembrem disso e não façam nenhum julgamento precipitado.
Que a Graça e a Paz do Nosso Senhor Jesus esteja com todos. Amém.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

De acordo com o texto de Efésios 1: 3-14 e Romanos 8: 26-39, qual a ação do homem na sua salvação?

R.: Nenhuma. De acordo com as Escrituras Sagradas o homem não tem participação nenhuma em seu processo de salvação, visto que a salvação é uma graça de DEUS. O Senhor DEUS concede a salvação a quem Ele quer de acordo com os seus propósitos. Este plano de salvação não depende da ação humana. DEUS antes da fundação do mundo já escolheu aqueles a quem iria, de acordo com sua riquíssima misericórdia, concede a graça imerecida da salvação. Como diz em Efésios 1: 4-5 “assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele, e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,...” Fomos eleitos por DEUS predestinados para a vida eterna. O texto da carta aos Efésios escrita pelo Apóstolo Paulo em nada contraria os ensinamentos de Jesus Cristo tendo em vista que o próprio Jesus disse em João 15: 16 “ Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao pai em meu nome, ele vo-lo conceda. Fomos escolhidos por DEUS muito antes de nascermos, muito antes de pecarmos ou mesmo de fazer algo de bom. DEUS é soberano, é onipotente e onisciente. Conhece todas as coisas antes mesmo que elas venham acontecer. Portanto, a salvação não depende da vontade humana nem tampouco de suas obras. Sendo assim é coerente quando o Apóstolo Paulo faz as seguintes perguntas em Romanos 8:31,33,34 e 35 “Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se DEUS é por nós, quem será contra nós?  Quem intentará acusação contra os eleitos de DEUS? Quem os condenará? Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Em seguida o próprio Paulo da a sua resposta nos versículos 38 e 39 “ Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de DEUS, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. 
By biólogo Jeferson Marques

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Resenha A Hermeneutica Escatologica de Paulo

C. Timóteo Carriker. A Hermenêutica Escatológica de Paulo: 1 Coríntios 15. 23-28. Fides Reformata 5/1 (2000) 117-134.  

            No presente artigo o autor, o missionário da Igreja Presbiteriana (E.U.A) Dr. Timóteo Carriker,  traz uma reflexão sobre a hermenêutica escatológica do apóstolo Paulo, a qual pode ser observada através da leitura da Carta aos Coríntios, capitulo 15 versículos de 23 até o 28.
            Através de uma linguagem clara e concisa, o missionário Carriker demonstra em seu artigo a importância escatológica na hermenêutica contextual do apóstolo Paulo. Este artigo, segundo o próprio autor, é um complemento de dois outros trabalhos anteriores sobre a influência do apocaliptismo de modo geral no ministério e na teologia de Paulo e o outro sobre essa influência na Carta aos Romanos.
Nas 17 páginas do artigo, o autor aborda os aspectos através do qual, Paulo vai ao longo de sua Carta aos Coríntios, revelando a sua autoridade apostólica e sua visão apocalíptica.
A fim de demonstrar as freqüentes imagens escatológicas de Paulo, o autor cita o escritor David Scholer, que em um de seus trabalhos, enumera 7 categorias de material escatológico e apocalíptico encontrado ao longo da Carta aos Coríntios a saber: 1- o dualismo temporal e a iminência sobre o fim dos séculos ( em 1Co 10. 11 Paulo emprega o termo (...) de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado); 2- a ressurreição futura dos crentes, baseada na ressurreição de Cristo; 3- o material revelador, referente ao significado da morte de Cristo dentro do plano secreto e oculto de Deus; 4- uma perspectiva apocalíptica do juízo final; 5- uma perspectiva apocalíptica das regiões celestiais e a participação dos crentes no julgamento dos anjos; 6- dualismo social-temporal e julgamento na explicação da morte inesperada de alguns crentes e 7- o conceito peculiarmente apocalíptico da transcendência sobre a morte. 
O missionário Carriker esclarece que Paulo tinha a intenção de deixar clara a sua posição com relação a sua visão escatológica. Ele observa claramente que em vários momentos de sua Carta à comunidade de Coríntios, Paulo deixa explicita sua autoridade como apóstolo e ainda se coloca como sendo o menor dos apóstolos. Aqui vale ressaltar que o termo “menor” de acordo com o artigo não quer dizer o mais humilde, mas sim, o mais novo dos apóstolos, como uma família de muitos filhos e ele sendo o caçula, o último  (1Co 15.8 (...) como por um nascido fora de tempo). Neste sentido, Carriker quer deixar claro que Paulo compreendia seu ministério dentro de um contexto escatológico da missão gentílica apocalipticamente inaugurada.
             Após esclarecer como Paulo responde as questões feitas por ele mesmo nos capítulos 12, 13 e 14, o autor expõe a visão apocalíptica de Paulo a qual fica bem clara no capitulo 15. 
            O capitulo 15 é na verdade a resposta (ou parte das respostas) as questões dos três capítulos anteriores, ou seja, o que o autor chama de hiper-espiritualidade dos coríntios, que despreza o mundo material e por isso a natureza corporal da ressurreição de Cristo e deles próprios. Neste capítulo, Paulo através de vários argumentos, esclarece aos coríntios que através da lógica fica claro que se os mortos não ressuscitam então Cristo não ressuscitou, e ainda mais, não há nem evangelho, nem esperança, isto é, não há razão para manterem a sua fé.
            Por fim, Carriker traz a nós o que ele chama de “O argumento radicalmente escatológico de Paulo”. Onde Paulo coloca uma ordem fixa de eventos que antecedem o fim. Essa ordem é descrita nos versículos 23 e 24 do capítulo 15 da Carta aos Coríntios: “23Cada um, porém, por sua própria ordem: as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda 24e, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai e houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder”. Segundo o missionário, as seguintes qualidades tipicamente apocalípticas aparecem aqui: uma ordem fixa de eventos, a autoridade dos poderes do mal, o reino do Messias e uma dimensão cosmológica.
            Vemos, portanto em todo o artigo a preocupação do autor em trazer ao leitor uma interpretação clara daquilo que Paulo queria que os coríntios percebessem, ou seja, sua autoridade apostólica, a crença plena na ressurreição dos mortos e sua hermenêutica escatológica. 
            O artigo do missionário C. Timóteo Carriker é sem duvida nenhuma uma rica fonte de esclarecimento sobre a hermenêutica escatológica paulina e pode servir de base não só para reflexões teológicas como também um esclarecedor texto para aqueles que têm interesse pelos temas escatológicos.
            O autor do artigo, o missionário Dr. C. Timóteo Carriker, é Bacharel em Ciências da Religião pela Universidade da Carolina do Norte, Mestre em Teologia pelo Seminário Teológico Gordon-Conwell, Mestre em Missiologia e Doutor em Estudos Interculturais (PhD) pelo Seminário Teológico Fuller. É missiologo e trabalha com a Igreja Presbiteriana independente do Brasil.


Jéferson Marques, aluno do curso de Bacharelado em teologia do Centro de Educação Teológica

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Qual o texto Bíblico que mas me chama atenção e por quê?


  by Biólogo Jéferson Marques 

Resposta:

Gênesis 1. 1-31 e Gênesis 2. 1-3

Esse é o primeiro texto da Bíblia e narra a criação do Universo, da Terra, de todos os seres vivos da Terra e da criação do ser humano. Vou separar aqui alguns dos motivos pelo qual o texto me chama a atenção:

Gn 1.1 No principio, crio Deus os céus e a terra
Gn. 1.2 A terra, porém estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo...
Gn. 1.3 Disse Deus: Haja luz; e houve luz
Gn. 1.6 E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas.
Gn. 1.9 Disse também Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca....
Gn. 1.11 E disse: Produza a terra relva, ervas que dêem sementes e árvores frutíferas que dêem fruto .......
Gn. 1.20 Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus.
Gn. 1.21 Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoaram as águas ....
Gn. 1.24 Disse também Deus: produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos ....
Gn 1.26 Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem .....
Gn 2. 1-3 Deus conclui a Criação e descansa

                        Porque esse texto me chama a atenção?
                        Primeiro gostaria de dizer que sou Biólogo, tenho Mestrado em Bioquímica, sou professor de Ciências e Biologia e também trabalho como Biólogo.
                        Nasci em um lar evangélico. Fui educado dentro dos pensamentos cristãos e sempre me considerei um crente em Cristo. Tinha a bíblia como uma verdade absoluta. Porém, depois que comecei a cursar a Faculdade, me deparei com teorias que devido a todos os seus argumentos científicos não poderiam ser questionadas. Algumas dessas teorias foram até experimentadas dentro das hipóteses que iam surgindo. Diante de vários fatos algumas se tornaram Leis, ou seja, são irrefutáveis. A química, a física, a matemática é repleta de leis. A biologia tem poucas, mas também tem. O Dogma Central da Biologia é: DNA produz DNA que produz RNA que produz proteína.
                        Diante de tantas teorias, leis e dogmas científicos eu passei a acreditar que o texto do Gênesis que narra a Criação do Universo, da Terra e do ser humano era uma simples alegoria. Foi só quando eu fiz o mestrado em bioquímica e comecei a comparar algumas teorias evolucionistas com o texto de Gênesis 1. 1-31 que fui percebendo como as teorias se encaixavam.
Vou descrever agora a teoria do bioquímico russo Alexander Oparin com relação a formação da vida na Terra.  

1-       No princípio a Terra não passava de uma grande massa quente por dentro e, a medida que girava ia esfriando por fora.  Em outras palavras, sem forma e vazia (Gn. 1.2).
2-       Matérias mais leves tais como gases hidrogênio, oxigênio e dióxido de carbono faziam parte da atmosfera primitiva da Terra. O Hidrogênio ao combinar-se o oxigênio transformou-se em vapor de água. À medida que a temperatura da Terra ia esfriando, o vapor de água se transformava em água liquida (chuva) que caia e preenchia as partes mais baixas da Terra formando rios, mares e oceanos, Gn. 1.9.
3-       Os primeiros seres vivos se formaram na água, provavelmente bactérias simples. Algumas dessas bactérias eram fotossintetizantes, ou seja, transformação energia luminosa em energia química. A partir dessas bactérias surgiram outros seres fotossintetizantes, provavelmente os primeiros vegetais da Terra, que eram bem simples como os musgos (lodo) depois os pteridófitos (avenca) depois as gimnospermas (pinheiros) e por ultimo as angiospermas. Observe que primeiro vieram os vegetais simples (musgos e avencas) depois os que tem apenas sementes mas não tem flor (pinheiros) e por ultimo os vegetais completos, com flor, sementes e frutos. Em Gênesis  1. 11 a seqüência é: relva, erva que dêem sementes e por fim árvores frutíferas.
4-       Depois surgiram os animais que evoluíram provavelmente de bactérias heterotróficas, ou seja que não fazem fotossíntese. 1.20-24.
5-       Por ultimo em todas as teorias evolucionistas o ser humano surge como uma das ultimas espécies a evoluírem na Terra, Gn. 1.26

Ao perceber esta seqüência eu fiquei sem duvida nenhuma impressionado  como um texto escrito há mais de três mil anos põe a formação da Terra, criação dos seres vivos e do homem de um modo que só agora em meados do século 20 os cientistas puderam vir a deduzir.
Isto me fez aumentar minha fé na palavra de Deus e reconhecer que a Bíblia é sem duvida nenhuma inerrante.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Oswald Chambers. Obreiros de Deus. Editora Betânia, 2000, 96p.

O Pastor Oswald Chambers, homem dedicado a pregação do evangelho, foi missionário no Egito onde faleceu em 1917. Seus livros são na realidade, registros de sermões e conferências que ele proferiu no decorrer de dez anos de ministério – de 1907 a 1917. Foi sua esposa que, com sabedoria, coletou todos os dados de seus sermões, taquigrafando suas palavras.
            O livro está dividido em dez capítulos, onde em cada capitulo o autor oferece preciosos conselhos e ensinamentos para pastores, missionários  e líderes que desejam saber mais sobre como ministrar com paixão e poder às necessidades espirituais das pessoas, e ajudá-las a encontrar cura, salvação e restauração.
            Já no primeiro capitulo o autor traz bons conselhos de como trabalhar na cura de almas. Ele aconselha a não utilizar a palavra de Deus como aquele remédio que o médico passou para o seu vizinho e que você toma pensando: “bom se fez efeito no meu vizinho fará em mim”. Ele nos diz que quando nos acostumamos a empregar certos versículos bíblicos com pessoas que estão buscando o novo nascimento, ou outros textos com aqueles que desejam a santificação, de repente, sentimos que o Espírito do Senhor se afasta. Ele deixa de atuar, não usando mais essas passagens por nosso intermédio. A razão, segundo  ele, é esta: assim que nos prendemos a um “atalho” no processo de ajudar pessoas, Deus nos deixa sozinhos.
            Oswald Chambers também dedicou um capitulo para ensinar a como trabalharmos com pessoas “anormais” , ou seja, pessoas que não vivem de acordo com as normais sociais, as que não são corretas. A palavra de Deus afirma que toda a raça humana é “anormal”. Ele refere-se a essas pessoas como almas congelas, que estão mortas para com Deus, e cuja consciência não as incomoda nem um pouco. Chambers deixa claro que ao lidar com essas pessoas devemos deixar que o Espírito Santo atue na vida dela. Ele afirma que devemos saber, cada um de nós, o que Deus efetuou em nossa alma por intermédio de Jesus Cristo, e depender inteiramente do Espírito Santo. É o Espírito que revela Jesus para todos os indivíduos, seja qual for o seu tipo e sua condição.
            Trabalhar com pecadores resistentes é sem duvida um dos maiores desafios para os obreiros. Ao falar de pecadores resistentes, Chambers se refere aos de intelecto “saudável”, pessoas que se acham perfeitamente satisfeitos com sua condição de vida. São homens direitos, que, no que se refere à moral, acham-se satisfeitos consigo mesmos. São inteligentes, felizes, e dão a impressão de que não precisam nem um pouco de Jesus Cristo. São essas pessoas que em geral fazem o tipo de pergunta: “De que adiantou Jesus Cristo ter morrido por mim? Sou um homem correto. Cumpro meu dever. Não sou nenhum bandido; não roubo; não sou pecador. Por que Jesus Cristo teria de morrer por mim?” Ao nos orientar como trabalhar com esse tipo de pessoa o autor da o exemplo do Apostolo Paulo que conseguiu suportar a zombaria sofisticada dos filósofos atenienses, porque conhecia Jesus Cristo. Sabia que ele é o maior, mais glorioso e digno Ser que já esteve nesta terra. Chambers então nos alerta a termos o cuidado de apresentar o próprio Senhor Jesus Cristo para os incrédulos. Confiar inteiramente no Espírito Santo, ele nos orientará , revelando-nos a forma certa de anunciá-lo a cada individuo.
No capitulo quatro do livro, Chambers traz mais um grande desafio para os obreiros: Trabalhando com Apóstatas. Certamente o apóstata não é aquele individuo que comente um pecado e se sente enfraquecido na fé. O apóstata é pior. É o individuo que abandonou a Deus e se apegou a outros valores. A apostasia tem duas faces. O individuo se afasta de Deus e depois se apega a outro valor. O termo não se aplica àquele que, pela primeira vez, enxergou em si a predisposição para pecar. Ele designa alguém que conhecia a graça de Deus, sabia o que é pecado e como podia ser liberto dele, mas deliberadamente abandonou a Deus e se apartou dele por amar mais a outra coisa. O apóstata, segundo Chambers, não é um pecador que precisa se converter, não. Seu caso é bem mais difícil do que o de um incrédulo. Segundo Chambers se para trabalharmos com os outros casos até agora citados devemos estar na completa dependência do Espírito, para trabalhar com um apóstata temos que estar mil vezes mais. Interceder por um desviado, além de ser uma prática em que aprendemos muito, é também uma provação, diz Chambers. Ele ainda diz que neste caso, orar não é apenas fazer uma petição; é viver numa atmosfera de oração.
Nos capítulos seguintes outros conselhos são dados para os obreiros que durante sua trajetória no ministério certamente enfrentaram desafios tais como: Trabalhar com hipócritas, ou seja pessoas dúplices, que são uma coisa e aparentam outra; Trabalhar com almas enfermas, ou seja, pessoas que desanimaram e vivem no pessimismo e também Trabalhar com pessoas obtusas, pessoas que fazem algo ou forma uma idéia sem pensar e sem julgar bem os fatos. Em todos esses casos o autor nos orienta a termos uma vida voltada para a palavra de Deus. Orienta também que não devemos ter “receitas prontas” para a palavra de Deus, pois como já foi dito quando procuramos um “atalho” o Espírito de Deus se afasta de nós.
Nos últimos capítulos Chambers nos convida a sermos obreiros dedicados a resgatar almas. Vivermos uma vida com paixão pelas almas perdidas. Porém ele faz um alerta com relação a expressão “paixão pelas almas” pois ela pode se tornar uma ânsia doentia. Para isso ele cita o caso da passagem de Mateus 23.15 onde Jesus diz: “ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeias o mar e a terra pra fazer um prosélito (um novo convertido) e uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!”. Neste caso o Senhor está mostrando que os fariseus tinham um grande anseio de ganhar almas, mas que ele o considerava diabólico. Por isso os obreiros devem ter cuidado a fim de que seus métodos de evangelismo não se tornem diabólicos.
Por fim ser um obreiro aprovado por Deus e buscar a santificação devem ser os objetivos de todo obreiro.
O livro Obreiros de Deus é sem duvida uma obra de excelente qualidade e que trás para a vida do cristão dedicado a fazer a obra de Deus, a fazer missões ou mesmo trabalhar como líder nas igrejas, conselhos magníficos sendo todos eles, pautada única exclusivamente na palavra de Deus, que deve ser a única regra de fé e conduta para a vida do cristão.
O autor do livro viveu no inicio do século XX, foi missionário no Egito e dedicou quase que 20 anos no ministério da Palavra. É autor de vários outros livros entre eles Tudo para Ele, também publicado pela Editora Betânia.

Jéferson Marques, aluno do curso de Bacharelado em teologia do Centro de Educação Teológica